Em fevereiro desse ano, recebemos a visita de representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA); Prefeitura de Barreiras, BA; Associação de Agricultores e Irrigantes do Noroeste de Minas (IRRIGANOR); técnicos e gestores da Prefeitura de Ubá e Unidade Gestora de Projetos (UGP) do PSA de Ubá, MG.
O encontro durou 3 dias e as atividades técnicas e de campo tiveram ênfase na troca de experiencias e conhecimento sobre desenvolvimento sustentável do agronegócio familiar e Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O grupo visitou as instalações da Universidade, como o Laticínio Produtos Viçosa, o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e propriedades rurais na cidade de Ubá.
No primeiro dia, foi realizada uma reunião no departamento de Zootecnia, com a presença da professora Polyana Pizzi Rotta, coordenadora do Programa Família do Leite, programa de extensão em pecuária leiteira que tem por objetivo a capacitação de alunos em assistência técnica a produtores familiares na região de Viçosa. Foram discutidas as particularidades da cadeia produtiva do leite no Oeste da Bahia e a possibilidade de parcerias e atuação da Universidade Federal de Viçosa na região, visando o desenvolvimento dessa atividade.
Na quinta-feira (13/02/2020), foi realizada uma reunião para discutir o Projeto de Estudo do Potencial Hídrico do Aquífero Urucuia no Departamento de Engenharia Agrícola da UFV. Em um segundo momento, os integrantes do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio Familiar (DS-UFV) apresentaram o programa, seu histórico, objetivos, projetos desenvolvidos na cidade de Ubá-MG e os resultados parciais das atividades.
Na sexta-feira (14/05/2020), foi realizada uma reunião com o prefeito e assessores da prefeitura de Ubá, na qual o prefeito explicitou o processo de implementação do PSA no munícipio, descrevendo todas as ações e dificuldades, além de enaltecer a importância de divulgar para o produtor e explicar o objetivo do programa, que é sanar problemas hídricos da cidade como a má distribuição de chuva e as consequências no período de seca. Além disso, ressaltou a importância de se ter uma equipe mista que envolve representantes da Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e de Obras, bem como o entusiasmo de todos para colocar o programa em prática.
Após a reunião na Prefeitura, foi realizada uma breve visita no Instituto Estadual de Florestas (IEF), guiada pelo Engenheiro Florestal Sebastião de Jesus, que apresentou o viveiro e relatou sua história com o município e região. De lá os participantes seguiram para uma das áreas verdes do município de Ubá, para ver a compensação florestal realizada por uma empresa privada. Lá foram plantadas diversas espécies florestais para aumentar a biodiversidade. Além disso, foram feitas barraginhas e terraços para conter enxurradas no bairro. Foi feita também uma visita à propriedade rural do Sr. Samuel Rino, participante do PSA 1, onde foram identificadas obras conservacionistas, tais como barraginhas, terraços, reflorestamento e cercamento de nascentes e mata ciliar. Por fim, os Convidados do Oeste da Bahia e Noroeste de Minas juntamente com docentes e discentes da UFV e representantes da Prefeitura municipal de Ubá se reuniram com o reitor da universidade a fim de discutir a importância das parcerias entre a universidade e instituições como a AIBA, IRRIGANOR e Prefeituras.
No dia 15 de fevereiro, foi realizada uma visita ao Parque Estadual Serra do Brigadeiro, localizado no município de Araponga e mais 7 municípios, na Zona da Mata Mineira. O intuito foi apresentar o caso de sucesso das propriedades que implantaram o ecoturismo na região. Os integrantes visitaram a Pousada do Senhor Adão, no distrito de Bom Jesus do Madeira, município de Fervedouro, onde a Dona Maria e o Sr. Adão explicaram como iniciaram as atividades de turismo de base comunitária e os principais desafios e sucessos do negócio.
Por meio das atividades e visitas foi possível apresentar aos visitantes do Oeste da Bahia e Noroeste de Minas os casos de sucesso das áreas de eco e agroturismo em pequenas propriedades da região da Zona da Mata, além dos exemplos que mostram que a sucessão familiar pode ser promissora nesse segmento.
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